quinta-feira, 30 de julho de 2020

COVID 19 - MINISTÉRIO PÚBLICO FALA SOBRE CASOS DE ÓBITOS QUESTIONADOS POR FAMILIARES



REPORAGEM TV Sistec



Diante de vários questionamentos de familiares, que colocam em dúvida o motivo de alguns óbitos ocorridos na região, quando o laudo médico aponta como causa: COVID-19, a nossa equipe de reportagem procurou o Ministério Público da Comarca de Caratinga para buscar respostas. O promotor que acompanha o setor da saúde na região defendeu os testes, mas não descarta exumações.
A morte de um paciente por COVID-19 da cidade de Vermelho Novo, de 64 anos, foi divulgada nesta quarta-feira, pela Secretária de Saúde do Município. O homem estava internado em Caratinga, e segundo os familiares, que usaram as redes sociais para questionar a causa da morte, o morador de Vermelho Novo não morreu da doença. Os parentes disseram que apesar do aposentado fazer parte do grupo de risco para COVID-19, o homem tinha AVC e lutava contra um câncer. Esta não é o primeiro caso de questionamento de familiares. Nesta quinta-feira, o promotor de justiça da Comarca de Caratinga, Jorge Victor Cunha disse que está acompanhando os casos, mas ressaltou que em muitos casos questionados por familiares, há uma falta de compreensão por parte de algumas pessoas sobre as datas e tipos de testes realizados.
Cunha explicou que há uma diferença entre os testes realizados para detecção ou para saber se o paciente está com COVID-19. Segundo especialistas em sorologia, o teste rápido deve ser feito a partir do 10º dia do surgimento dos primeiros sintomas, e o resultado é divulgado em apenas alguns minutos, enquanto que o RT-PCR, coleta fluídos nasais ou da boca para a detecção de COVID-19 e deve ser feito entre o 3º e 7º dia da doença. O promotor lembrou que essas diferenças podem ser determinantes para que um teste apontar negativo e alguns dias depois apontar positivo para a doença.
O promotor disse que tomou conhecimento de alguns casos de questionamentos de familiares, e que uma família já procurou a justiça para pedir averiguação do caso. O promotor não descarta a possibilidade de exumações serem realizadas e defende que, independente da “causa mortis” – expressão em latim para “a causa da morte” – a real motivação da morte cause no atestado de óbito dos pacientes.


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