Reabertura da maternidade é o segundo passo de um longo caminho.
A Maternidade
Grimaldo Barros de Paula, que se encontrava fechada desde 31 de agosto, foi
reaberta de forma parcial na tarde do dia 07 deste mês. A decisão aconteceu
durante reunião realizada no dia 05, na sede da Prefeitura de Caratinga, da
qual participaram a promotora de justiça Flávia Patrícia Cupertino Alcântara, a
assessora de Planejamento da Mesa Interventora do Hospital Nossa Senhora
Auxiliadora (HNSA), Miriam Araújo Coelho, prefeitos e representantes dos
municípios da microrregião, entre os quais o prefeito de Caratinga, Welington
Moreira de Oliveira, o Dr. Welington, e o secretário de Saúde do município
Wagner José Rodrigues Barbalho.
Na reunião,
a promotora Flávia Alcântara propôs a assinatura de um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) pelo qual os prefeitos dos 13 municípios da microrregião se
comprometem a repassar ao HNSA, a cada mês, recurso no valor correspondente a
R$ 1,00 por habitante, perfazendo um total mensal de R$ 203 mil, possibilitando
a reabertura parcial da maternidade. Alguns municípios já assinaram o TAC,
outros deverão fazê-lo nos próximos dias.
Os
esclarecimentos quanto à retomada do funcionamento da maternidade foram
prestados durante coletiva à imprensa realizada na segunda-feira, 09, que além
de Dr. Welington e do secretário Wagner Barbalho, contou com a participação da
presidente da Mesa Interventora do HNSA, Flávia Eugênia de Souza.
Segundo
Flávia Eugênia, neste momento, a maternidade está realizando atendimento
somente a parturientes de risco habitual, ou seja, os casos onde não são
necessárias as internações em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) das mães e
dos bebês. Neste caso, as gestantes de alto risco serão encaminhadas para
hospitais de referência para partos de alto risco.
Como ela
informa, o pleno funcionamento da maternidade dependerá da regula-rização dos
repasses financeiros. “Tão logo aconteçam os repasses a gente re-montar a
equipe, pagar para que os plantonistas retomem os plantões e a gente consiga
abrir. É uma questão financeira. Hoje a gente conta com seis leitos de UTI
neonatal e seis leitos de UTI adulto. O pactuado para o hospital são 10 leitos
de UTI adulto, porém, devido ao déficit financeiro alguns equipamentos ainda
estão em manutenção. É o que a gente tem hoje disponível, já pra funcionar. Tão
logo a aconteçam os repasses, a gente vai colocar para funcionar a UTI neonatal
e a UTI adulto”. Com isso, a maternidade passará a prestar, também, os
atendimentos de alto risco.
Hospital
Com relação ao HNSA, cujas portas foram reabertas no dia 19 de setembro, Flávia Eugênia explicou que a unidade também está funcionando parcialmente e foi re-aberta para clínica médica, com o objetivo de oferecer retaguarda para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), inaugurada no dia 15 daquele mês.
Com relação ao HNSA, cujas portas foram reabertas no dia 19 de setembro, Flávia Eugênia explicou que a unidade também está funcionando parcialmente e foi re-aberta para clínica médica, com o objetivo de oferecer retaguarda para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), inaugurada no dia 15 daquele mês.
Conforme
ela ressaltou, para ser possível a reabertura do hospital foi preciso to-mar
medidas drásticas, como redução do número de funcionários e redução no valor
pago pelos plantões.
Além
disso, ela tem procurado convencer o corpo clínico no sentido de que os médicos
se disponibilizem a trabalhar apesar da dívida que o HNSA tem com eles,
atualmente em torno de R$ 9 milhões, impossível de ser saldada neste momento.
Como esclarecido na coletiva, o HNSA estará acionando judicialmente os responsáveis pela grave situação em que a instituição se encontra, ou seja, quem administrou o hospital antes da intervenção. Flávia acredita que o dinheiro das indenizações resultantes dessas ações possibilitará pagar boa parte da dívida com o corpo clínico. “Tão logo o hospital comece a executar quem depreciou o patrimônio e a gente receba essas indenizações, vamos ratear e pagar”.
Como esclarecido na coletiva, o HNSA estará acionando judicialmente os responsáveis pela grave situação em que a instituição se encontra, ou seja, quem administrou o hospital antes da intervenção. Flávia acredita que o dinheiro das indenizações resultantes dessas ações possibilitará pagar boa parte da dívida com o corpo clínico. “Tão logo o hospital comece a executar quem depreciou o patrimônio e a gente receba essas indenizações, vamos ratear e pagar”.
De
acordo com o secretário de saúde de Caratinga, Wagner Barbalho, os esforços,
agora, são no sentido de fazer com que o HNSA volte a prestar atendimento em
sua plenitude. Neste sentido, através de um estudo técnico, está sendo
solicitado junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal o aumento nos
repasses feitos ao HNSA. Esse estudo visa comprovar à Secretaria de estado da
Saúde e ao Ministério da Saúde que o valor per capita repassado para a
microrregião é insuficiente e inferior aos valores repassados às outras
microrregiões do mesmo porte de Caratinga. No momento, o estudo já está sendo
analisado pelo Governo do Estado, devendo ocorrer uma reunião nesta semana,
quando ele acredita possa ser definido o aumento no repasse do Estado para o
HNSA.
Por outro lado, como frisou Wagner Barbalho, em um
segundo momento, o objetivo e qualificar o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora ,
transformando-o em referência em alta complexidade em algumas clínicas, para a
macrorregião.
FONTE - Jornal a Semana
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